FIM DE SEMANA DIFERENTE...FINALMENTE!!!!!

NAMIBE – banhada pala baía de Moçâmedes, a capital da província do Namibe é uma cidade pacata, onde o tempo não conta. Nas ruas, a vida “corre” sob o calor Africano (excepto de Junho a Setembro – meses frescos de cacimbo), onde raramente S. Pedro envia água. Muitos dos edifícios existentes foram deixados pelos Portugueses, e encontram-se em perfeito estado de conservação – aqui a Guerra não passou – alguns deles remontam aos anos 40, como os do bairro contíguo ao Hotel Moçâmedes, os Correios e a Estação de Caminhos de Ferro.
Cidade de ligação ao Deserto do Namibe, era considerada terra sem interesse!!!!!! Mas em pouco tempo foram inauguradas neste “fim-de-mundo”, cinco agências bancárias, novas lojas, restaurantes, além de várias infras-estruturas públicas. No dia da comemoração dos 30 anos de Independência, foi inaugurado o Mercado do Peixe do Namibe, mas parece que a maioria dos vendedores prefere continuar ao ar livre, para assim não ter de pagar o aluguer de uma banca.... aqui vende-se peixe fresco, seco e frito, caranguejo do Namibe (especialidade destas paragens – digo-vos: uma delicia), e tantas outras coisas que nada têm a ver com um mercado de Peixe, mas que dão um colorido a uma terra “cor de deserto”.
Podemos também assistir a uma revitalização da actividade económica, com investimentos Portugueses no sector das Pescas (aqui encontra-se o maior centro piscatório de Angola); Chineses nas telecomunicações, caminho de ferro e electricidade; japoneses na reabilitação do terminal portuário de minério. O porto do Namibe é o ponto de partida da via férrea de Moçâmedes, que liga o Litoral às minas de ferro da Jamba (Huíla). Como curiosidade esta linha de comboio leva cerca de oito horas para percorrer cerca de 200 Kms, que nos transporta do Namibe até Lubango (atravessando a Serra da Leba).
A região do Sudoeste de Angola, abrange as Províncias do Namibe, Huíla e Cunene – será talvez a Zona em Angola, em que encontramos mais atracções para os amantes da natureza....... pesca, caça (proibida, mas “permitida”), todo-o-terreno, fotografia; onde podemos visualizar impressionantes e diferentes formas da Natureza:
Serra da Leba; fenda da Tundavala; quedas de água; espécies vegetais únicas no mundo; grande variedade de animais em estado selvagem; largas enseadas de águas calmas. È aqui que habita umas das mais primitivas etnias de Angola, os Bosquímasnos, que mantém intactos os seus costumes e tradições (com estes não tive o prazer de me cruzar, mas sim com uma outra etnia, os Mucuvales, que estes sim, tive o prazer de encontrar, mas que em próximas conversas, vos contarei).

FINALMENTE.....UM FIM-DE-SEMANA DIFERENTE!!!!!!!!!!!!!!