TAAG Lista Negra

Se é assim para a Europa, imagine-se como deve ser nos voos regionais.... mas aqui não falo só da taag, mas sim em todas as companhias que operam no território Angolano.
trivialidades e coisas menos triviais de Angola
Faz hoje 37 anos que morreu Salazar.
Ouvi dizer (penso que foi alvo de uma tese de doutoramento) que este personagem da nossa história é espelho do muito que nós somos: mesquinhos, com vistas curtas, invejosos, pouco ambiciosos e outras qualidades menos boas...
Confesso que sou um interessado pela personagem, como pessoa, como estadista (que recebia os membros do governo à lareira com uma mantinha nas pernas), como ditador (há quem diga que nunca o conseguiu ser).
Aconselho a quem for um interessado como eu a ler "As máscaras de Salazar" do Dacosta e "O ultimo adeus Português" de Emídio Fernando.
Transcrevo aqui o que diz o site da fundação com o seu nome a propósito dos seus últimos meses de vida que foram como a vida do pais durante todo o estado novo: patético!
"Em 6 de Setembro de 1968, em consequência de haver caído de uma cadeira e sofrido uma pancada na cabeça, o que originou hematoma, foi sujeito à cirurgia da trepanação. Quando se julgava salvo do acidente, uma dor violenta na cabeça, à qual acudiu com a mão (Ai, Jesus! Ai, Jesus! Nossa Senhora me acuda! Ai, que eu não aguento!). Uma hemorragia cerebral, que durante semanas angustiosas o reteve no hospital, donde sairia inválido.
Conseguiu viver até 27 de Julho de 1970 com períodos de lucidez e até vivacidade intelectual, intacta a memória mas só até ao momento do acidente, e outros períodos, longos, de apatia e
sonolência.
Durante quase dois anos, na casa que por direito fora a sua residência oficial, continuou a viver e a receber visitas, como se efectivamente fosse ainda o Presidente do Conselho. Nunca soube, nem manifestou sinal de que o houvesse suspeitado, que em 27 de Setembro de 1968 fora substituído naquelas funções pelo Prof. Marcelo Caetano. Continuava a falar como se fosse ainda o Chefe do Governo e as visitas sustentavam a mentira piedosa, situação verdadeiramente trágica, que só poderia acabar pela morte ou por inadvertida indiscrição que precipitasse o doente no fim."