Angolanos escapam ao "massacre"

No jornal on-line "Angonoticias" o título da notícia era este: "EUA: Estudantes angolanos fora da lista oficial das vítimas do "banho de sangue" em Virginia". Com este título pensei que ao ler o conteúdo da notícia iria descobrir alguma informação adicional ao que já se sabe sobre o atentado, por exemplo, qual a nacionalidade das vitimas (não que me interssasse particularmente, mas pensei que podesse valer uma espreitadela). Mas afinal, para minha surpresa, o conteúdo da notícia para além de repetir no início a informação do título, no resto, era igual ao que já tinha lido em outros jornais, descrevia o crime e o perfil problemático do autor, sem fazer qualquer referência à origem das vítimas. Bem, é uma forma de fazer jornalismo, chamando atenção a algo que não é notícia, porque afinal parece que não houve vítimas angolanas (seria pouco provável haver), ou então dá-nos um ponto de vista interessante sobre a forma como os angolanos encaram e reportam as notícias, neste caso, internacionais, que é: pelo menos desta vez não fomos o alvo! Na verdade, parece existir um sentimento de preseguição entre os angolanos, visível pela observação que um anónimo faz ao deixar um comentário sobre a notícia no jornal:" Pelo menos isso, já que somos acusados de fazer tudo fora do país não haverá como nos apontarem o dedo..." Atendendo a este comentário, ainda bem que não houve vítimas de nacionalidade angolana, senão os angolanos sentiriam-se duplamente alvo, sentindo-se também alvo de críticas por muitos angolanos estudarem fora do seu país! Acho que foi também com esta ideia que a notícia foi encarada pelo reportér do "Angonotícias" ao escolher o seu título!